Com o propósito de auxiliar os professores da educação infantil do município de Nossa Senhora do Socorro no processo de inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, a Secretaria Municipal de Educação promoveu na manhã do sábado, dia 1º de outubro, uma oficina no Sesc do conjunto Marcos Freire II. Cerca de 70 professores foram convidados a assistir às palestras e a participar de atividades que indicam formas de inserir os alunos especiais no contexto da sala de aula.
Segundo a professora Elisandra Nascimento Gomes, da Escola Municipal Leonel Brizola, situada no conjunto João Alves, que trabalha com crianças de cinco anos, a demanda no município por esse público está crescendo, e é preciso que os professores estejam preparados para receber essas crianças. “A gente precisa incluí-las em sala de aula, e incluir não é só deixá-las sentadas. É dar oportunidades iguais aos desiguais. Esse curso com certeza vai nos ajudar muito, pois vai auxiliar e dar formação para todos os professores da rede municipal. E Socorro está sendo pioneiro nesse trabalho, pois a educação daqui vê a necessidade de cada professor. Não inclui somente porque a lei determina, mas vê que o professor precisa para trabalhar e dar uma educação de qualidade”, opina.
A coordenadora da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação, Janete Neris, enfatiza que a sugestão do curso nasceu dos próprios professores. “Pensamos em fazer parceria com o pessoal de inclusão porque fizemos visitas nas escolas e essa ação foi solicitada pelos próprios professores, pois a demanda de alunos com necessidades especiais está aumentando”, conta.
Uma das coordenadoras da Educação Inclusiva e palestrante do dia, Jacqueline Montalvão, explica que o trabalho está voltado a professores da educação infantil, que trabalham com crianças de zero a cinco anos. “Por isso, vamos trabalhar com estimulação precoce, mostrando como estimular essa criança para desenvolver suas habilidades e potencialidades no decorrer do ensino. Vamos oferecer oficina em que mostraremos atividades que podem ser trabalhadas com as crianças, envolvendo também as com deficiência, num trabalho inclusivo. Vamos mostrar que há condições de trabalhar com crianças com autismo, deficiência mental, física ou visual junto com as demais”, aponta, lembrando que a professora Rosa Carla também é palestrante do dia.
Jacqueline explica que essa é uma proposta da Política Nacional de Educação Especial, do Ministério da Educação e Cultura. “O professor deve aceitar esse aluno em sala de aula, mas para isso ele terá ajuda da equipe da Secretaria de Educação, numa parceria entre a educação infantil e a inclusiva, para que o professor não se sinta sozinho”, finaliza.