A tuberculose latente acontece quando uma pessoa tem contato direto com um paciente que testou positivo para a doença. Essa pessoa é infectada pelo bacilo, mas não chega a desenvolver a tuberculose. Com o objetivo de otimizar a assistência ofertada aos pacientes e aprimorar a busca ativa dos contatos diretos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Vigilância Epidemiológica (VIEP), realizou, na tarde dessa quarta-feira, 13, a capacitação “Tratamento da tuberculose latente”, que foi ministrada pela coordenadora do Programa Estadual de Controle a Tuberculose, Heide Mesquita.
A capacitação teve como público-alvo os médicos e enfermeiros do município, que foram divididos em duas turmas, para não haver desassistência nas Unidades de Saúde. A capacitação é uma continuidade do conteúdo ministrado anteriormente. Desta vez, o intuito principal é capacitar os profissionais para trabalhar com a prevenção e adotar as condutas para utilização das profilaxias, para assim, controlar a propagação da doença.
A coordenadora do Programa Municipal de Controle a Tuberculose, Elisângela Góes, destaca a importância de capacitar os profissionais que atuam na Rede Municipal de Saúde. “É muito importante preparar os profissionais para que eles prestem a melhor assistência e adotem as condutas corretas, tanto com os pacientes que testam positivo quanto com os contatos diretos. Esse é um meio de controle. Com a capacitação, os profissionais estarão atualizados para avaliar os contatos mais próximos aos pacientes que testaram positivo para tuberculose. É muito importante entender o processo da tuberculose latente, investigar os contatos, fazer a profilaxia, para evitar que no futuro a pessoa desenvolva a tuberculose”, disse Elisângela Góes.
A capacitação é uma parceria entre o Estado e os municípios. “Para o bem-estar dos pacientes, o Estado e os municípios não podem trabalhar desassociados. É necessário capacitar os profissionais para adotar os tratamentos adequados da tuberculose. Essa parceria deve existir sempre, principalmente relacionada às capacitações. A segunda parte da capacitação foi para abordar os tratamentos de infecções latentes da tuberculose, trazer formações, capacitar equipes assistenciais, para assim, poder fazer tratamento preventivo na população”, ressalta a coordenadora do Programa Estadual de Controle a Tuberculose, Heide Mesquita.
A enfermeira da Unidade Básica de Saúde Augusto César Leite, Andrea Almeida, enfatiza que a capacitação incluindo médicos e enfermeiros é necessária para que todos estejam atualizados e entendam todos os critérios. “É fundamental que a capacitação seja direcionada para enfermeiros e médicos, porque às vezes ficava desassociado, e só o enfermeiro acompanhava o tratamento. Porém, é preciso desse elo, de uma equipe multidisciplinar. Nós precisamos estar sempre atualizados para melhorar o atendimento à população e tentar cada vez mais reduzir a proliferação da doença”, destaca a enfermeira.
O médico da Unidade de Saúde Gabriel Alves da Paixão, Daniel Porto, participou da capacitação. Ele ressalta que o conteúdo ministrado facilita o desenvolvimento da rotina de trabalho de toda a equipe. “A tuberculose nunca deixou de ser um tema presente em todo o Estado, e com a capacitação fica de forma clara, instrui a equipe, para os casos que precisa usar uma profilaxia, e assim, evitar que alguns pacientes desenvolvam a doença. Com a coordenadora do Estado explicando de forma clara quais são as situações, fica tudo mais fácil para toda a funcionalidade da equipe, e por isso, acho de suma importância todos saberem quais são os critérios que tem que ser estabelecido”, registra o médico.