A Maloca que completa 119 anos de existência e resistência, é a primeira comunidade quilombola urbana de Sergipe e a segunda do país a ser certificada pela Fundação Cultural Palmares. Localizada no bairro Getúlio Vargas, em Aracaju, dados confirmam que os primeiros moradores chegaram no início do século XX, vindos principalmente de antigos engenhos escravistas. No dia de hoje a comunidade entra em festa para comemorar e lembrar a importância do dia 20 de Novembro para o povo negro.
Os jovens e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) foram até a comunidade para conhecer um pouco mais da sua história, através dos depoimentos e histórias contadas pelo diretor da Ong Criliber, Luiz Bonfim, que também é representante do Quilombo Urbano Maloca, pela Sra. Kelly que é do quilombo do Castanhal em Siriri e pela Diretora Maria Normélia do quilombo de Patioba que fica localizado em Japaratuba.
Os jovens puderam aprender mais sobre as comunidades quilombolas de Sergipe e entender que eles são o futuro da resistência e de uma luta. A visita buscou conscientizar também sobre as cotas para negros nas faculdades, qual papel do negro na sociedade e o que eles podem fazer para combater o racismo e se tornarem pessoas atuantes nessa luta. Para a jovem Giovanna Vitória o dia de hoje foi bastante aprendizado. “É muito bom sair do nosso cotidiano, falar sobre nossa cultura, as pessoas só costumam falar no mês de novembro e deve ser falado todos os dias”, pontuou ela que ficou encantada com os depoimentos dados durante a visita.
“Os nossos jovens são o futuro do amanhã, e se eles não se empoderar da sua história, nós não teremos história no futuro”, foi assim que a Maria Normelia do quilombo Patioba, em Japaratuba, descreveu a importância de passar conhecimento da cultura negra para os jovens, principalmente no dia de hoje. Os adolescentes ainda tiveram a oportunidade de ver a declamação de um poema, feita por um dos artistas do quilombo, com versos fortes o que falava sobre o povo negro.
Na oportunidade, ainda aproveitaram para conhecer um pouco sobre a agricultura familiar que é praticada pelas pessoas da comunidade, onde eles plantam, colhem e vendem verduras, legumes e frutas livres de agrotóxicos. Que além de ajudar o meio ambiente, movimento o agronegócio e o empreendedorismo dentro da comunidade.
Por: Marina (Estagiária)
Confira mais fotos: