A Secretaria Municipal de Educação de Nossa Senhora do Socorro, em parceira com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), retomou nesta quinta-feira,10, as atividades do projeto “Do Berço ao Tom”. A iniciativa foi implementada em 2017 e tem o objetivo de proporcionar às crianças o contato elaborado e estruturado com a música, contribuindo para a formação de seres humanos sensíveis, criativos e reflexivos.
Atualmente cerca de 560 alunos de três creches do município são contemplados pelo projeto, mas de acordo com a Coordenadora da Educação Infantil de Socorro, Lígia Bitencourt, a estimativa é que as atividades sejam estendidas e beneficiem outras unidades escolares do município. “Hoje, recebem as atividades do “Do Berço ao Tom” as creches Vovô Jason no Conjunto Jardim, Irmã Dulce no Conjunto João Alves e Mariana Martins também no Conjunto João Alves, mas pelos excelentes resultados que estamos obtendo, as atividades devem ser ampliadas e abranger outras creches até o final do ano”, informou Lígia.
A coordenadora ainda faz uma avaliação positiva do projeto, o qual classificou como uma atividade que ativa diversas áreas educativas nas crianças. “O projeto tem dado muito certo. O resultado que obtivemos durante todo o período de aula foi satisfatório. Observamos, por exemplo, as questões de interação, concentração, relacionamento e coordenação motora estão sendo trabalhadas e muito bem absorvidas pelos alunos”, avaliou.
“Trabalhamos não somente a parte musical simples, mas utilizamos a música como instrumento educacional, afinal ela atua no cognitivo da criança. Em várias regiões do cérebro a música consegue trabalhar e auxiliar no processo de desenvolvimento. Então, o nosso trabalho consiste na internalização dos principais padrões musicais”, explicou a estagiária de música, Flávia Oliveira.
Segundo a professora da creche, Géssyca Ferreira, o desenvolvimento da criança é visível dentro da sala de aula. “A partir do projeto, nós percebemos um envolvimento maior das crianças, elas passaram a se concentrar mais, a acompanhar melhor as atividades do dia a dia, sem contar que elas acabam por conhecer outros instrumentos”, relatou Géssyca.
Mãe de uma criança diagnosticada com autismo, Jéssica Silva, também percebeu a evolução da filha a partir inserção do projeto. “Desde que o projeto começou, percebo que ela passou a interagir mais com as pessoas. Ela antes não falava e dificilmente interagia, hoje isso vem mudando graças ao projeto de música”, disse Jéssica.
Por: Bruna Evelyn
Fotos: Edilson Menezes
