Com o intuito de proteger, resguardar e estabelecer uma conduta consciente da população sobre o trabalho infantil, a Secretaria Municipal da Assistência Social de Socorro (SMAS), em parceria com as Secretarias de Educação (Semed), Saúde (SMS) e a Procuradoria Geral do Município (PGM), deu continuidade na manhã desta quinta-feira, 17, à série de ações realizadas desde o início do ano pela Prefeitura em combate ao trabalho infantil no município.
A mais recente das ações foi realizada no final do último mês de abril, quando abordagens foram realizadas nas feiras livres convidando as famílias para a campanha pelo Dia Mundial e Nacional contra o Trabalho Infantil, que será comemorado no próximo dia 12 de Junho. Hoje foi realizada uma reunião junto às famílias socorrenses, com o objetivo de informá-las sobre os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos ofertados às crianças e adolescentes pela Gestão Municipal. O local escolhido foi o auditório da Praça da Cultura Cantor Rogério, situado no Conjunto Marcos Freire I.
“As famílias que foram abordadas nas feiras livres em situações em que os filhos foram flagrados desenvolvendo algum tipo de trabalho estão sendo acompanhadas pelo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Para essas famílias o trabalho infantil é algo normal, mas não, isso prejudica muito em relação aos estudos e a própria saúde”, disse a Técnica do Programa Reeducação do Trabalho infantil, Lidiane Carvalho.
Junto ao trabalho desenvolvido pelo CRAS, está o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) que atende crianças e adolescentes vítimas de violência, do trabalho infantil e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Segundo a psicóloga do CREAS, Tatiane Carvalho, mesmo sendo flagradas, muitas famílias negam o trabalho infantil. “Essas famílias geralmente não assumem por medo do futuro ou até por medo da suspensão do Programa Bolsa Família, mas o nosso objetivo não é esse, é justamente fazer esse acompanhamento e colocar esses jovens no ambiente escolar”, explicou.
Mãe de quatro filhos, a dona de casa Janete dos Santos, 31 anos, reconheceu o trabalho da Prefeitura e entendeu a gravidade do trabalho infantil. “Por causa das minhas condições financeiras, meus filhos acabaram se envolvendo com o trabalho de reciclagem, mas a Assistência Social abriu meus olhos para a gravidade de caso. Eu quero que meus filhos estudem e possam ter um futuro que, infelizmente, não tive”, declarou.
Por: Bruna Evelyn
Fotos: Edilson Menezes