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Mães de crianças diagnosticadas com a síndrome da Zika participam da 1ª oficina para confecção de kits multissensoriais

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A manhã desta sexta-feira, 31, foi de aprendizado, diversão e interação para algumas mães socorrenses. Isso porque a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), realizou uma oficina para a confecção dos kits multissensoriais, do Projeto Tecendo Redes, com a participação das famílias e crianças diagnosticadas com a síndrome da Zika.

A atividade, realizada no auditório da Praça da Cultura Cantor Pedro Rogério, localizada no conjunto Marcos Freire I, foi idealizada pelo Ministério da Saúde a partir do surgimento de crianças com a síndrome da Zika, conforme aponta a fonoaudióloga do Nasf, Vanessa Goes. “Nosso principal objetivo é fazer com que a partir das instruções e confecção desses brinquedos, essas famílias possam estar estimulando as crianças, tanto no ambiente familiar como no escolar e trabalhar o lado motor e cognitivo. O projeto inicial visa apenas a montagem e entrega dos kits às famílias, porém nós buscamos trazer essas mães para participar do processo de construção e apertar os laços entre os profissionais e a própria família”, disse Vanessa.

Uma grande particularidade na confecção dos brinquedos é a produção através de material reciclável, uma forma fácil e acessível para as famílias que poderão construir outras ferramentas multissensoriais na própria residência. “Enquanto terapeutas nós entendemos que o desenvolvimento ocorre na rotina, não apenas no momento da terapia, que dura em torno de 30 minutos. Queremos mostrar para essas mães que elas realizam o principal papel nesse processo, que podem e devem ser estimuladoras dessas crianças que possuem bastante limitações”, acrescentou a fonoaudióloga.

Para reduzir as dificuldades das famílias e proporcionar um atendimento completo para as crianças, a Prefeitura realiza um trabalho em conjunto com as secretarias de Educação (Semed) e Assistência Social (Smas). “Neste momento nós estamos nos preparando para receber essas crianças porque elas ainda possuem entre um e três anos e provavelmente devem entrar na creche no próximo ano, então estamos estudando e formando cuidadores e professores que irão recebê-los em sala de aula. Nós trabalhamos para que elas sejam incluídas no ambiente escolar e recebam o atendimento na sala de estimulação. O nosso interesse é justamente esse, incluí-las”, esclareceu a representante da Secretaria de Educação, Fernanda Santana.

Um das participantes da oficina foi Débora Morais, mãe do Victor de dois anos e oito meses, diagnosticado com a microcefalia. “Essa oficina vai ensinar a nós mães a fazer brinquedos que estimulam a visão, o tato e outros sentidos, contribuindo para o desenvolvimento deles. Muitas famílias não têm condições financeiras e nós estamos tendo essa oportunidade de aprender com material que nós temos em casa, que são os materiais recicláveis”. Ela ainda afirmou estar recebendo auxílio da Prefeitura de Socorro em diversos atendimentos. “Graças a Deus a Apae está dando apoio na fisioterapia, neurologia, fonoaudiologia e nutricionista”, contou.

No último levantamento realizado pela Vigilância Epidemiológica da SMS foram notificados 12 casos no município, sendo que dois não mais residem em Socorro e um não possui o diagnóstico finalizado.

Por: Bruna Evelyn

Fotos: Edilson Menezes e Vanessa Góis

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