A igreja, tombada pelo IPHAN em 1943, como patrimônio histórico e cultural, completa 300 anos no próximo dia 25 e parte das comemorações são compostas por atrações musicais e culturais
O município de Nossa Senhora do Socorro está em festa com os 300 anos de criação e instalação da Igreja Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Por isso, a Paróquia preparou uma vasta programação para os fiéis socorrenses. As comemorações tiveram início no domingo, 16, e serão encerradas nesta terça-feira, 25, dia em que a Paróquia foi criada e instalada no município.
Tombada como patrimônio histórico e cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1943, a igreja, situada na Praça João Garcês, na sede do município, conta com 14 pastorais. Com atrações musicais e culturais, as comemorações serão iniciadas às 19h, exceto no dia 25, onde foi preparado uma programação diferenciada, conforme aponta o Padre da Paróquia, Adeilson Almeida. “Na verdade, nós começamos a organizar esse momento de festa há um ano, pensamos em trazer todas as paróquias, que, de certa forma, saíram daqui para celebrar missas e esse novenário que estamos realizando terá, inclusive, apresentações culturais”, disse.
As festividades deste final de semana serão iniciadas na noite desta sexta-feira, 21, com a apresentação da Orquestra Sinfônica de Sergipe, onde a celebração ficará a cargo do Padre Peixoto, seguido da apresentação do grupo Renovação Carismática Católica (RCC). Já o sábado, 22, será marcado pela presença do Padre Jefferson, com animação do grupo de jovens. E para fechar com chave de ouro o final de semana, o celebrante do domingo, 23, será o Arcebispo Emérito de Aracaju, Dom Lessa, seguido da apresentação do coral Sagrado Coração de Jesus.
Iniciando a semana, na segunda-feira, 24, será a vez do Bispo da Diocese de Estância, Dom Giovani, celebrar a missa, seguida da apresentação da Pastoral Familiar. E, por fim, um grande momento festivo será realizado na terça-feira, 25, com início às 05h da Alvorada Festiva, seguida do Ofício de Nossa Senhora. Na turno da noite, às 19h, será realizada pelo Arcebispo da Igreja Metropolitana de Aracaju, Dom João José da Costa, a Santa Missa e a animação ficará por conta do Coral Seminário Maior. Neste dia também será lançado o selo paroquial.
História
Tida como uma das mais antigas igrejas de Sergipe, a Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro não possui nenhuma documentação sobre a sua construção, porém na soleira da sacristia, à direita, há uma inscrição com a data de 1714. Dados históricos mostram que uma pequena aldeia que tinha a capelinha dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, foi transformada em freguesia com o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tomar de Cotinguiba em 25 de setembro de 1718.
Por decisão do Arcebispo da Bahia, Dom Sebastião Monteiro da Vide, passou a ser denominada Paróquia Nossa Senhora do Socorro do Tomar da Cotinguiba e em 1954, passou a se chamar Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
A igreja, com predominância barroca e a imagem marcante de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma escultura em madeira policromada, do século XVIII, foi construída pelos jesuítas. E em 20 de março de 1943 foi tombada como monumento histórico nacional pelo IPHAN.
Restauração
Com 75% das obras de restauração concluídas, a igreja matriz passa por um processo de recuperação em sua estrutura. Iniciada em 2015, as obras devem ser concluídas em 2019 e a população socorrense já pode visualizar e contar com uma igreja muito mais bonita e estruturada.
Já foram restaurados os altares de Santo Antônio, Senhor Morto e de Nossa Senhora de Sant’Ana e em fase de finalização está o Altar do Santíssimo. Os próximos a passarem por reparos serão o Altar-mor, do Senhor dos Passos, os forros decorados e os púlpitos.
De acordo com o restaurador Henrique Braga, por ser patrimônio nacional, as reparados não podem modificar a estrutura e os objetos da Paróquia. “Nós temos que respeitar o que foi encontrado, estamos trabalhando com obras de artes, temos o acompanhamento do IPHAN. Existe todo um processo que exige técnica e sensibilidade, não é só chegar e fazer”, disse.
Por: Bruna Evelyn
Fotos: Antônio Carlos
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