O prefeito de Nossa Senhora do Socorro e presidente da Federação das Associações de Municípios de Sergipe – Famuse -, Fábio Henrique, participou na manhã desta segunda-feira, 29, de um seminário estadual realizado na Assembleia Legislativa – AL – para discutir a aprovação do Projeto de Lei nº 7.495/96, que regulamenta as atividades dos agentes Comunitários de Saúde – ACS – e de Endemias – AE – de Sergipe, define o Piso Nacional e cria 5.365 empregos no âmbito do Quadro Suplementar de Combate às Endemias da Funasa.
Na ocasião, o gestor, que esteve acompanhado do secretário de Saúde de Socorro e presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de Sergipe – COSEMS-SE -, Saulo Eloy Filho, destacou a importância da classe de trabalhadores em pauta.
"Estou muito feliz de participar deste momento significativo para uma classe tão importante para a sociedade como os agentes de Saúde e de Endemias. Sei que alguns pensam que os prefeitos são contrários às suas reivindicações, mas, não é isto que acontece. O fato é que recebemos a ordem de cumprimento da lei que reajusta seus ordenados, mas, a verba que nos é repassada pelo Governo Federal é a mesma, não aumenta. Os prefeitos são absolutamente favoráveis, porém, se vêem em uma situação difícil, ou seja, ou reajustam os salários e não respeitam a Lei de Responsabilidade Fiscal ou a respeitam e não cumprem o piso", explicou Fábio Henrique.
Ele falou ainda sobre os benefícios, que, com muito custo conseguiu para os agentes que atuam em Socorro. "Como prefeito do segundo maior e mais complicado município de Sergipe, quero dizer aqui que enfrentei dificuldades, mas consegui oferecer para meus agentes, que para mim são os melhores do Estado, oferecer um salário acima do piso, chegando a R$ 870. Além disso, disponibilizamos também exclusivamente para eles, atendimento odontológico, psicológico e acupuntura, sem falar na renovação do fardamento e na distribuição de protetor solar que é feita regularmente", disse Fábio Henrique, arrancando aplausos dos agentes que lotaram o local.
Após ouvir o discurso do prefeito de Socorro, os agentes de Saúde e de Endemias de outras cidades consideraram o município como um exemplo a ser seguido. "Fábio Henrique mostrou como é possível que nossa categoria seja respeitada, tenha melhores condições de trabalho e assim, possa atender a comunidade sergipana de forma adequada. Nosso fardamento não é renovado há muito tempo, não recebemos protetor solar, nem sequer uma 'ombrinha'. Quero e gosto de ser agente de Saúde, mas quero também ter a qualidade de vida que tanto o prefeito de Aracaju fala", relatou a agente de Saúde, Marilene da Ressurreição, 33 anos, que há nove atua nos bairros Atalaia e Aeroporto, em Aracaju.
"Seria muito bom se os prefeitos de Sergipe atuassem conosco como o prefeito de Socorro atua com seus agentes. Ele mostrou que valoriza nossa classe e me deixou impressionada por oferecer um serviço que precisamos bastante que é o atendimento psicológico, já que trabalhamos ouvindo os problemas da comunidade. Trabalho em Poço Redondo e gostaria que tivéssemos as mesmas condições que os agentes socorrenses", disse a agente de Saúde Edvalda de Góis, 40, que há nove anos trabalha na cidade de Poço Redondo.
"Em Malhador só recebemos o salário mínimo e uma gratificação, ficando ao todo em R$ 660, sem protetor solar. Se fôssemos agraciados como nossos colegas de Socorro seria bom demais", afirmou Marta Maria dos Reis, 34, que há 15 anos é agente de Saúde