Retificar o conhecimento simbólico no imaginário e as narrativas sobre a história da população negra no Brasil está sendo o pilar da Prefeitura de Socorro, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semcult), na realização da programação do Mês da Consciência Negra.
Durante todo o mês de novembro, a Semcult vem trazendo uma programação diversificada de atividades socioculturais da cultura afro-brasileira. A sede do Instituto Mangaliza, grupo associado a uma organização privada de capoeira que vem se destacando por sua representatividade na cultura do município, foi escolhida para ser o local de encontro de jovens e adultos na última sexta-feira, 26, no Marcos Freire I.
No início, mestre Roberto abriu a roda de conversa para discussões e debates sobre a valorização e conscientização da luta pela igualdade social. “Este momento está sendo único. Por isso, é importante que a gente discuta a consciência, não só apenas pela cor, mas também pelas relações culturais. Para assim, você ter consciência de respeitar o próximo e ter a consciência de entender o outro”, ressaltou.
O momento também contou com uma apresentação musical do Maculelê e Samba de roda do grupo da terceira idade do Instituto Mangaliza. “Hoje estamos aqui para rememorar um mês tão importante para todos nós. Já tivemos vários debates, palestras. Infelizmente, o preconceito ainda existe, porém, precisamos cada vez mais fortalecer eventos como este para mudar todo esse cenário”, pontuou o secretário de cultura, Natan Reis.
“O dia do negro é todos os dias”, disse a presidente do Instituto Mangaliza, Zilma Fênix, ao dar a palavra no monólogo recitado na cerimônia. “É muito importante sermos o que somos. Dar valor ao outro, colocar-se no lugar do outro. É muito importante saber que o negro lutou tanto e conquista tanta coisa até hoje”, avalia Zilma.
