A Praça da Juventude se transformou, nesta quarta-feira, 20, em um espaço de celebração e resistência com a realização do Sarau da Resistência. O evento, que contou com o apoio da Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro, por meio da Secretaria de Turismo e Juventude, promoveu um encontro marcado por música, poesia, batalhas de rima e a tradicional Feirinha do Ipê. Celebrado no Dia da Consciência Negra, o sarau foi uma oportunidade para refletir sobre a luta contra o racismo e valorização da cultura afro-brasileira.
Organizado por Derlan Azevedo, o sarau trouxe uma programação repleta de atividades culturais e artísticas, reunindo a comunidade em um momento de reflexão e exaltação da identidade negra.
Derlan comentou sobre o evento e seu objetivo. “O Sarau da Resistência está em sua 4ª edição, e a ideia é fortalecer tanto os artistas locais como também divulgar o trabalho de todo o pessoal, como a Feirinha do Ipê. A Prefeitura vem apoiando, dando esse incentivo para que possamos estar aqui hoje. No município, este será o último sarau do ano realizado pela cultura da periferia,” detalhou Derlan.
Rayanne Madeiro, poetisa, professora e atuante no movimento de rua há sete anos, também marcou presença no evento, destacando a relevância da arte como ferramenta de transformação. “É de grandíssima importância que ocorram esses eventos nas periferias. Eu venho nessa defesa da arte e da educação, pois acredito que a cultura agrega muito a esses processos educacionais também. Então, enquanto professora, eu super aprovo, contribuo e participo. Sou também uma das artistas presentes, então vejo como algo crucial para a sociedade que a gente movimente esses espaços culturais,” afirmou Rayanne.
Renata Paulino, moradora da comunidade, compartilhou sua experiência no sarau. “Eu acho muito importante não só falar sobre a consciência negra, mas também sobre como os negros vivem. Falar sobre empreendedorismo, arte e poesia é essencial porque é uma cultura que trazemos há muito tempo. Como moradora, eu acho muito relevante e sempre trago minhas filhas, pois acredito que, ao reforçarmos isso, mostramos que cultura é tudo que fazemos, a música e outras artes para que nossas crianças aprendam mais sobre a cultura preta,” disse Renata.