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Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe completa 10 anos

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Em comemoração aos dez anos de existência do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe acontece no auditório da Sociedade Semear, em Aracaju, um seminário com o propósito de mostrar o trabalho desenvolvido pelo grupo e aproximar a sociedade da gestão dos recursos hídricos da bacia. O comitê do Rio Sergipe tem à frente o professor Manoel Messias, secretário licenciado de Meio Ambiente de Nossa Senhora do Socorro. Diversas autoridades prestigiaram o evento, entre elas, o secretário interino de Meio Ambiente e procurador do município de Nossa Senhora do Socorro, Washley Ramos, que na oportunidade representou o prefeito Fábio Henrique, e o promotor de Justiça Sandro Costa.

Durante os dias 30 e 31, os participantes discutem sobre assuntos relacionados a bacias hidrográficas e recursos hídricos em Sergipe. Para o presidente Manoel Messias, o grupo de trabalho celebra dez anos de existência com a promoção de reuniões itinerárias em diversos municípios e discussões relacionadas ao rio com o objetivo de aproximar cada vez mais a sociedade. “O comitê do rio Sergipe abrange 26 municípios, sendo que oito deles são diretamente inseridos na bacia e os demais são acoplados. A bacia é como se fosse uma folha, onde a nervura central é o rio que dá nome à bacia e as ramificações são riachos e lagoas que deságuam nesse rio”, explicou.

Ele lembra que o comitê é um órgão colegiado com poderes de análise e gerenciamento, apoiando a Superintendência de Recursos Hídricos. “Assim sendo, nós somos geradores de opiniões e discussões envolvendo as comunidades. Quando tem algum problema, chamamos a mesa para debate, envolvendo outros órgãos, como Adema, Ibama, Polícia Ambiental e Ministério Público, para que resolvamos da melhor maneira a agressão ao rio. Nós somos os gerenciadores dos recursos hídricos”, apontou Manoel Messias.

O presidente do comitê destaca que o grupo é democrático, sendo formado por representantes do poder público, que abrange os governos federal, estadual e municipal, os usuários e a sociedade civil organizada. “Paritariamente, membros desses três segmentos que representam a sociedade é que fazem parte do comitê. Temos grupos de trabalho que debatem algumas denúncias. O povo está acreditando e denunciando, e isso é muito positivo. Nós estamos debatendo e chamando as pessoas para explicarem e encontrando soluções juntamente com os órgãos”, disse.

Para o superintendente de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semarh), Ailton Rocha, o comitê tem assumido um papel de grande importância em seus dez anos de existência. “O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe tem desenvolvido um trabalho inclusive pioneiro, com destaque em fóruns nacionais, e é tido como referência em todo o Brasil. Nesta data de hoje, nada mais justo do que comemorar suas contribuições na política de gestão de recursos hídricos do estado de Sergipe”, ressaltou.          .

Ailton lembra ainda que o Comitê do Rio Sergipe tem realizado muitas ações com o propósito de proteção dos recursos hídricos e do meio ambiente como um todo. “É um colegiado formado pela sociedade civil, poder público e usuários de água que têm tido uma participação efetiva na integração dos interesses públicos e privados para equacionar os principais conflitos inerentes à Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. É preciso ressaltar que a Bacia do Rio Sergipe concentra metade da população do estado. Sendo assim, está sujeito a um processo muito grande de degradação. O comitê tem colocado em sua agenda discussões importantes no intuito de orientar e esclarecer a sociedade e, ao mesmo tempo, de implementar ações estruturantes que possam contribuir para a recuperação e preservação da bacia hidrográfica”, indicou.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Genival Nunes, também destaca o momento histórico dos dez anos do comitê. “É com muito orgulho que participo deste grupo, que hoje tem à frente o professor Manoel Messias, secretário do Meio Ambiente de Nossa Senhora do Socorro. Eu fui membro deste conselho como representante da sociedade civil e hoje sou membro nato como secretário do Meio Ambiente. Este é um momento muito importante e significativo da democracia na área ambiental. Afinal de contas, o Comitê de Bacia representa a participação popular das pessoas que efetivamente vivem na bacia hidrográfica, que precisam daquela água, daqueles mananciais. Então, os municípios que fazem parte da bacia, entre eles, os dois maiores, Socorro e Aracaju, sentem-se mais protegidos pela ação da comunidade”, apontou.

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