Na tarde desta sexta-feira, 18, a Prefeitura de Socorro deu início à primeira etapa para a elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS). Numa reunião ocorrida no Colégio Estadual Leão Magno, no Conjunto Jardim, técnicos da Secretaria de Planejamento (Seplan) e da Ambientec, apresentaram mapas da evolução da população, economia e situação dos núcleos habitacionais do município.
Segundo a coordenadora dos debates da Seplan, Michelle Marry a metodologia aplicada na execução do PLHIS, tem como principal objetivo incentivo à participação popular e gestão democrática. "Hoje estamos dando um grande passo para a execução desse plano habitacional de interesse social. Nossa linha de atuação terá como enfoque na participação popular”, destacou.
A especialista em geografia urbana e coordenadora do PLHIS, Vera França, da Ambientec, explicou que nesta primeira etapa será elaborada a proposta metodológica do plano. “O plano que iremos construir busca resolver os problemas de assentamento precários em Socorro”, ressaltou.
Durante a reunião, moradores e representantes da sociedade civil apresentaram sugestões e propostas de melhoria. "A construção desse tipo de plano de habitação é muito importante. Existem muitas áreas aqui em Socorro e no Jardim com problemas”, reconheceu Ivan Marques dos Santos, representante do Conselho de Habitação do município.
Para o engenheiro civil, Eraldo Silva Nunes, representante do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), a formulação do plano representa uma oportunidade de debater os problemas. “O plano de habitação vai coibir as ocupações desordenadas feitas nas comunidades”, afirmou.
“Moro no conjunto Jardim desde os sete anos de idade. Acompanhei o crescimento daqui, assim como as invasões. Acho que esse debate e o plano podem acabar com o problema dessas invasões”, comentou o autônomo, Aparecido Barbosa Cavalcante, 41 anos.
Etapas – O PLHIS segue as diretrizes do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social. O plano é direcionado às famílias com renda de até três salários mínimos e será definido após o cumprimento de três etapas: elaboração da proposta metodológica, diagnóstico do setor habitacional e definição das estratégias de ação. Através da participação popular, o plano vai determinar como devem ser as habitações.