Dando continuidade à série de audiências públicas para discutir o Plano Municipal de Saneamento Básico, a Prefeitura de Socorro, por meio da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, realizou mais uma reunião na noite desta quarta-feira, 4. A 3ª audiência pública foi realizada no Colégio Estadual Professor Antônio Fontes Freitas, no Marcos Freire I.
O secretário de Planejamento, Gledson Oliveira, fez uma explanação de como o Plano Municipal de Saneamento Básico vai funcionar e apresentou dados que mostraram a atual situação do município de Socorro quanto ao sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
“O Plano Municipal é uma maneira de implantar uma lei para detalhar as obrigações da Deso e as obrigações e exigências do município. Atualmente, é a Deso que decide onde e como vai investir e esse investimento não está sendo feito em Nossa Senhora do Socorro, por isso o município está tão deficitário quando o assunto é rede de esgotamento sanitário”, explicou Gledson.
Além dos problemas enfrentados com o pouco número de bairros que dispõem de rede de esgoto, Socorro também enfrenta algumas dificuldades no quesito abastecimento de água. Os povoados Lavandeira, Estivas e Bita não são atendidos pela Deso, sendo assim, o próprio município tem que se responsabilizar pelo abastecimento de água nessas localidades.
Por isso, o objetivo do Plano Municipal de Saneamento Básico, além de alinhar as necessidades do município de Socorro no que diz respeito à construção e manutenção das redes de esgoto, e também detalhar exigências da comunidade para melhoria no abastecimento de água. Entre as soluções que serão propostas no Plano estão: redução das perdas de água nos sistemas; combate a vazamentos; regularização das ligações clandestinas e substituição de hidrômetros.
O secretário Gledson Oliveira também destacou a importância da participação da comunidade nessas audiências públicas para que possam questionar, sugerir e debater sobre o Plano. “Temos um grande problema de mobilização da comunidade. E, infelizmente, esse não é um problema apenas de Socorro, é um problema nacional. As pessoas sabem ir para a rua protestar, reclamar, mas na hora de comparecer em uma reunião tão importante como essa, não aparecem. Então são vocês que estão aqui hoje, que vão poder opinar, dar sugestões e decidir, pois comunidade é isso”, ressaltou.
O morador do Marcos Freire I, José Lins, acredita que o Plano Municipal de Saneamento Básico será uma excelente maneira da Prefeitura exigir um bom serviço por parte da Deso. “Pago de taxa de esgoto, 80% em cima do valor da conta de água e não vemos nenhum investimento ou manutenção da Deso na nossa comunidade. Acho que a Prefeitura poderia ver uma maneira de obrigar a Deso a dividir com o município os 80% que são arrecadados em cada residência, e, assim, fazer investimentos em saneamento básico na nossa cidade”, completou José Lins.