Diversas mães de crianças diagnosticadas com a síndrome da Zika participaram na manhã desta terça-feira, 30, de uma mais oficina com o intuito de proporcionar mais qualidade de vida aos pequenos. Com iniciativa do Governo Federal, através de uma parceria firmada com a Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro, as atividades foram conduzidas por profissionais do Movimento Zika, parceira da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis (EBBS).
Em Sergipe, apenas as cidades de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro foram contempladas com a execução do projeto em razão da quantidade de casos de microcefalia diagnosticados em ambas. A coordenadora do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Eline Sotero, aponta que em Socorro foram registrados 12 casos da doença. “Nós temos aqui profissionais, entre enfermeira, fonoaudióloga e psicóloga, que vieram do Rio de Janeiro conduzir essa oficina que confeccionará, através de materiais recicláveis, ferramentas que contribuam para o desenvolvimento das crianças, por meio do estímulo”, explicou.
A atividade, realizada no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), contou com a presença de profissionais das áreas da saúde, educação e assistência social do município. “Apesar de ser uma atividade voltada para as mães e crianças, acreditamos que trazer os profissionais da rede do nosso município e da Apae fortalece ainda mais o vínculo entre as secretarias e as famílias, visto que não é só da assistência em saúde que a criança com microcefalia necessita, ele precisa da educação inclusiva, da assistência social, e de todas as outras”, declarou a coordenadora.
“Participar deste momento é muito importante porque essas crianças, em breve, irão iniciar a idade escolar. Então, nós da Educação, precisamos estar preparados para recebê-las nas unidades escolares”, disse a técnica pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Andréa Carla.
O momento também contou com a orientação dos profissionais do movimento e do discurso emocionado das mães ao expôr o processo de descoberta da microcefalia. “Em primeiro lugar eu vejo que essa iniciativa possibilita que as mães tenham autonomia para realizar a estimulação diária, em segundo lugar, em poder pensar quais materiais e quais possibilidades a criança possui, além da oportunidade de reunir profissionais de diversas áreas”, disse a fonoaudióloga do Movimento Zika, Daniela Marçal.
A mãe de Maria Clara de apenas três anos, Vanessa Oliveira, participou mais uma vez das atividades proporcionadas pela SMS. “A troca de experiência é sempre muito boa, sempre aprendemos novas técnicas para fazer e contribuir no desenvolvimento das crianças, coisas que nós como leigas não conseguimos enxergar. Eu gosto de participar desses eventos justamento por isso, e até mesmo para encontrar as outras mães”, declarou.
Por: Bruna Evelyn
Fotos: Edilson Menezes
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