O prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Fábio Henrique, participou, na noite da última quinta-feira, 25, de um encontro com jornalistas e radialistas no bar e restaurante Templo Gelado, situado no bairro Treze de Julho, em Aracaju. A reunião de comunicadores, que ocorre semanalmente, é conhecida como “Cabaré de Quinta” e tem por objetivo entrevistar pessoas principalmente do cenário político sergipano. Durante a conversa, o prefeito falou sobre questões da administração municipal.
Antes de serem iniciadas as perguntas, Fábio Henrique saudou todos os presentes e agradeceu a oportunidade de participar do evento, que, na noite do dia 25, segundo os organizadores, esteve com um público acima do normal. “É uma alegria estar aqui. Essa é a primeira vez que venho, mas sempre acompanho as edições pelas mídias sociais. Acho uma ideia brilhante esse bate-papo informal, descontraído”, destacou Fábio Henrique.
Um dos assuntos mais focados pelos comunicadores foi a construção de um aterro sanitário em Nossa Senhora do Socorro e a suposta assinatura de um documento que autoriza a implantação. O prefeito disse não ter sido convidado pelo prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, para o anúncio, realizado na capital, sobre o aterro. “O prefeito de Socorro não foi convidado para participar da entrevista coletiva em que o prefeito de Aracaju anunciava a construção de um aterro sanitário em Nossa Senhora do Socorro. Estranhei muito quando vi pela imprensa o anúncio de uma obra em Socorro, sem que esta obra tenha sido discutida com os nossos técnicos e com a nossa prefeitura”, aponta.
Ele ainda destacou o fato de ter sido assinado apenas um documento entre as prefeituras de Socorro, São Cristóvão e Aracaju em relação ao aterro sanitário, que foi o protocolo de intenções para a implantação de um consórcio entre os três municípios. “Em nenhum momento, no consórcio, está dito que o aterro sanitário deverá ser na Palestina. O que está dito é que o consórcio surgirá com o objetivo de gestão do tratamento final dos resíduos sólidos gerados pelas cidades que compõem a Grande Aracaju. A verdade é que esse consórcio, infelizmente, só existe no papel. Nunca houve uma reunião para deliberar inclusive sobre a sua diretoria”, explica o prefeito.
Fábio Henrique ressaltou o seu respeito por Edvaldo Nogueira, mas disse ter nesse momento a responsabilidade de defender o município que administra. Ele destacou ainda que a implantação do aterro na Palestina não pode ser discutida sem que haja o licenciamento ambiental. “Precisamos encontrar uma alternativa para o lixão, mas não podemos resolver um problema criando outro”, destaca, relatando ainda que Nossa Senhora do Socorro, assim como São Cristóvão, não tem condições de custear o aterro com R$ 3,5 milhões e ainda pagar pelo depósito do lixo no local.
Durante a coletiva, o prefeito Fábio Henrique apresentou o empresário Railton Lima. A ida dele ao evento foi pertinente para que o engenheiro mecânico pudesse explanar aos presentes acerca da usina de processamento de resíduos sólidos para a geração de energia limpa que está sendo construída em cidades brasileiras, a exemplo de Palhoça (SC) e Lagarto (SE), e está em pleno funcionamento na cidade de Unaí (MG). "Temos uma tecnologia inédita no mundo e já premiada da qual é possível exterminar com o lixo urbano e, ainda, gerar energia. E o nosso núcleo possui 17 patentes registradas, com tecnologias industriais usadas pelo mundo inteiro utilizadas por todos nós, como a caixa para proteção de hidrômetros, sensor fotográfico para agências bancárias”, informou Railton Lima.
Para o prefeito Fábio Henrique essa foi a melhor proposta apresentada, mas para que a prefeitura apoie e libere o projeto é essencial e imprescindível a liberação por parte da Administração Estadual do Meio Ambiente – Adema. “Segundo Railton Lima, a prefeitura não terá nenhum custo. Mas ele só poderá tocar o projeto quando nos apresentar a licença ambiental da Adema. Só apoiaremos o projeto com a licença da Adema”, reforçou Fábio Henrique.
Transporte
Outro ponto de destaque durante a entrevista foi sobre a licitação do transporte coletivo na capital. “Não é uma questão pessoal com o prefeito de Aracaju, mas esta semana a Prefeitura de Aracaju anunciou a licitação do transporte coletivo. Como vai ficar a situação de Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros, que têm o transporte integrado, uma vez que a capital não pode licitar linhas dessas três cidades? Elas alimentam por mês 1,5 milhão de passageiros no sistema de transporte. Se a licitação for feita da forma como está colocada, vai acabar a integração”, diz Fábio, pedindo uma intervenção do Governo de Sergipe para que se possa realizar a licitação do transporte integrado.
Presença
Marcaram presença no encontro os deputados estaduais José Franco, Garibalde Mendonça e Venâncio Fonseca, o vice-prefeito de Socorro, Job Carvalho, os vereadores do município Vagnerrogeris Lima, Jairo Joaquim, Maria da Conceição, Genilson Barreto e Pastor Alves. Também participaram do evento os secretários Adilson Júnior, de Governo; Henrique Matos, de Comunicação; Manoel Messias, de Meio Ambiente; Sílvia Fontes, primeira-dama de Socorro e titular da pasta da Assistência Social; Carlos Américo, da Fazenda; Wellington Mangueira, da Educação; Manoel Messias, do Meio Ambiente, o procurador geral Carlos Krauss, o secretário adjunto de Comunicação, Rodrigo Paixão, o responsável pelo cerimonial, Augusto César, e o ouvidor do município, Maurício Lobo. Ainda compareceram alguns jovens da cidade, ligados principalmente ao movimento estudantil.
