Nesta quarta-feira, 29, o Prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Padre Inaldo, compareceu à sede da empresa Estre Ambiental na tentativa de negociar o recebimento do lixo e uma dívida antiga referente ao serviço prestado. A empresa Estre é responsável pela admissão e destinação dos resíduos recolhidos no município.
Em nota, a Estre informou a suspensão de recebimento de resíduos vindos de Nossa Senhora do Socorro no aterro, em Rosário do Catete, e no transbordo, em Socorro, a partir desta quarta-feira, em razão de uma dívida. Ao contrário do que foi divulgado pela Estre, em nota oficial à imprensa, a Prefeitura apresentou cerca de cinco propostas sérias de negociação nas últimas semanas.
Na sede da Estre, o prefeito esteve acompanhado de vereadores e representantes da população, e, durante uma coletiva de imprensa, o gestor esclareceu alguns pontos importantes sobre a situação. “A coleta de lixo não foi interrompida, os caminhões continuam trabalhando, mas vamos chegar a um ponto que não poderão continuar, já que a Estre não permite a entrada para o descarte do lixo no aterro”, explicou.
A empresa de coleta recebeu o prefeito, no entanto, não apresentou um representante para a negociação definitiva. Portanto, diante das circunstâncias, não houve uma negociação e, por conseguinte, o recebimento de resíduos pela Estre continua suspenso.
De acordo com Inaldo, a Prefeitura fez diversas propostas de negociação da dívida para evitar a suspensão dos serviços. O prefeito Padre Inaldo ainda condenou o monopólio que vigora no estado, onde apenas a Estre está habilitada para receber os resíduos sólidos urbanos, mesmo com o estado contando com duas outras empresas que prestam o mesmo serviço. “Confiamos na justiça deste estado. Confiamos no Ministério Público e temos certeza que esse impasse será resolvido, de forma que o povo socorrense não sofra com essa posição irredutível da Estre. Queremos pagar. Eles não querem receber, a não ser a vista. Não podemos parar o município para pagar essa dívida de uma só vez. Creio em Deus que uma solução será encontrada ainda hoje” disse o prefeito.
Com a falta de retorno para as negociações, a Prefeitura de Socorro, por meio de sua Procuradoria Geral Municipal (PGM), está acionando o Ministério Público e a Justiça, para que estes possam interferir, dentro dos parâmetros da lei, para que a população de Socorro não sofra com o acúmulo de lixo na cidade.