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Prefeitura intensifica ações de combate ao Calazar

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Preocupada com o aumento do número de casos de Leishmaniose Visceral, também conhecida como Calazar, a Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro, através da Secretaria Municipal da Saúde está mobilizando a Vigilância Epidemiológica no desenvolvimento de ações de combate à doença no município. Ao todo, 12 agentes estão trabalhando diariamente, atendendo as solicitações da população.

Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Maysa Vieira, a Leishmaniose Visceral (LV), conhecida popularmente como calazar é a forma mais severa de leishmaniose. “O calazar é o segundo maior assassino parasitário no mundo, perdendo apenas para a malária. O parasita migra para os órgãos viscerais como fígado, baço e medula óssea e se não for tratado, em quase 100% dos casos, o indivíduo é levado a óbito. Sinais e sintomas incluem febre, perda de peso, anemia e inchaço significativo do fígado e baço”, informou.

Maysa ressaltou ainda que pelo fato de Socorro ser um município endêmico, ou seja, com uma certa tendência ao desenvolvimento da doença, as ações de combate não param nunca. “Somente este ano mais de mil residências foram visitadas pelos nosso agentes, o que resultou em 50 casos confirmados da doença, onde os animais foram sacrificados e a partir daí iniciamos um trabalho de prevenção intensiva no raio preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 200 metros quadrado”, disse.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica explicou que nas regiões onde são encontrados focos da doença é feita uma borrifação com inseticida alfa cipermetrina, além da visita a todos os domicílios da área afetada. De acordo com ela, na leishmaniose visceral humana, os sintomas mais típicos são febre e o aumento do baço, sendo observado também o aumento do fígado.

“O escurecimento da pele não aparece na maioria dos casos da doença e os outros sintomas são muito fáceis de confundir com os da malária. O erro no diagnóstico é perigoso, pois, sem tratamento, a taxa de mortalidade para a doença está perto de 100%”, disse Maysa. Humanos e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue, pode transmití-lo a outros indivíduos ao picá-los.

Em regiões rurais e de mata, os roedores e raposas são os principais hospedeiros; no ambiente urbano, os cães. Nem todos os cães, quando infectados, apresentam os sinais da doença, que são: emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele, o que dificulta ainda mais a identificação do animal doente.

PREVENÇÃO- A prevenção do calazar deve ser feita simplesmente com medidas de higiene, tanto nos animais como a limpeza dos quintais. Deve-se evitar a acumulação de lixo e material em decomposição para reduzir o número de mosquitos. É importante também vacinar sempre os cães domésticos e leva-los ao veterinário sempre que possível. A doença no animal não tem cura e ele precisa ser sacrificado. 

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