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Projeto Silêncio que Fala: Alunos da EMEF Elisa Teles finalizam ano letivo com apresentação de coral surdo

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A partir do surgimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a educação dos surdos passou a ser mais ampla, tornando-se uma língua de integração na sociedade. Sabendo da importância da inclusão desse público e na garantia ao pleno acesso à educação, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Nossa Senhora do Socorro realizou nesta sexta-feira, 14, a culminância do projeto “Silêncio que Fala”. O evento também marcou o final do ano letivo da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Elisa Teles.

No decorrer da confraternização um coral surdo foi formado pelos alunos como forma de encerrar as atividades do projeto em 2018. “O Silêncio que Fala foi criado pelo setor de inclusão da Semed com o objetivo de provocar a interação entre os alunos surdos e alunos ouvintes. Apesar das aulas terem acontecido apenas uma vez por semana, esse período foi muito bom porque percebemos que eles aprenderam a língua de forma mais rápida através da música, o que abre outra vertente para o nosso projeto que é o coral Libras em Canto”, esclareceu a intérprete de Libras, Rosimeire Silva.

Atualmente com cinco crianças matriculadas na rede municipal de ensino, o projeto tem sido realizado desde setembro para os alunos do 4° ano da Escola Municipal Elisa Teles. Com o final do ano letivo a expectativa da coordenadora da unidade é de que o projeto continue sendo desenvolvido no próximo ano e consiga abranger outras escolas municipais. “Para nós foi maravilhoso ter sido agraciado pelo projeto, eles abraçaram o conteúdo e as profissionais, estimulando ainda mais o processo de alfabetização. Por hora, o projeto acontece apenas aqui, mas queremos que outras também venham aderi-lo mesmo que não tenha deficiente auditivo matriculado”, disse Rosane Fontainha.

Além da intérprete, as aulas também eram ministradas pela representante da comunidade surda Elaine Thiara. “Durante esse tempo que tivemos com eles percebi que alguns tinham um pouco mais de dificuldade em aprender, o que é totalmente entendível já que é pouco tempo de aprendizado, já outros aprenderam de forma mais rápida. Com certeza, futuramente, teremos maiores resultados”, declarou Elaine.

Acompanhando a rotina escolar dos alunos a professora Valdeci Tenório percebeu o interesse dos alunos em aprender a língua. “Depois da inserção do projeto a sexta-feira passou a ser o dia mais esperado pelos alunos, inclusive mais esperado que o dia que acontece a educação física, que é o dia que eles gostam muito. Com o início das aulas de libras percebi que eles passaram a utilizá-la durante a semana e eu acabei aprendendo com eles”, disse.

“Aprendi muita coisa, achei muito legal porque é muito importante saber como manter contato com o surdo e é importante ensinar o que aprendi com outras pessoas”, declarou a estudante Júlia Dulcinéia.

Por: Bruna Evelyn

Fotos: Giovane Mangueira

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