A Prefeitura de Socorro, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), realizou nesta quinta-feira, 06, visitas em órgãos públicos do município, mobilizando os homens pelo fim da violência contra a mulher.
Ação é vital para reduzir o número de casos que são alarmantes no município, de acordo com o levantamento feito pela Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal (Ceacrim) da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), em que aponta que 19 mulheres foram assassinadas entre janeiro e abril deste ano em todo o estado, e 64 no ano passado.
No Mapa da Violência de 2015, a taxa é de 4,8 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes no Brasil, um dos países com maior índice de homicídios feminino no mundo, ocupando a 5ª posição no ranking de 83 nações onde esse tipo de crime é mais recorrente.
Por isso, a Smas aderiu a campanha dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulher, uma mobilização que acontece anualmente, praticada simultaneamente por diversos setores da sociedade civil, poder público engajados nesse segmento. Desde a sua primeira edição em 1991, já conquistou a adesão de cerca de 160 países. Mundialmente, a Campanha se inicia em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher e, vai até o dia 10 de dezembro, o dia Internacional dos Direitos Humanos.
Durante a visita ao Centro Administrativo de Socorro, todos os servidores se reuniram no gabinete do prefeito Padre Inaldo, para ouvir o objetivo e a finalidade da campanha dos 16 dias do ativismo. “É uma ação de extrema importância, porque o homem precisa ter consciência do papel da mulher na vida dele e na sociedade. Muitas vezes os homens não conhecem as estatísticas e é por meio de ações como essas que eles possam a respeitar mais, além de se tornar um divulgador, expondo principalmente as consequências”, explica o prefeito Padre Inaldo.
A secretária da Smas, Maria do Carmo, conta que o número de mulheres que sofrem violência cresce a cada dia em Socorro. “Estamos preocupados, por isso estamos trabalhando, passando essa informações o tempo inteiro. As mulheres precisam saber quais sãos os direitos delas e os homens precisam ter ciência das consequências caso cometam algum ato de violência e o que se configura como violência. Até o dia 10 nós vamos passar nas escolas e ter essa conversa também com as crianças e os jovens, para que eles cresçam conscientes. Temos casos também de crianças que presenciam esses atos em casa, por isso é importante preparar essas crianças”, revela Carminha.
O chefe de gabinete Erick Alves, ouviu atentamente as orientações passadas pela Smas e aprovou a iniciativa. “O homem se considera na maioria das vezes superior e considera também que a mulher deve ser submissa a ele. Esse tipo de fomento dessas informações, facilitam a conscientização das pessoas e deixam claro que os direitos são iguais e que deve existir predominantemente o respeito e que sobretudo não há questão de superioridade em relação a mulher”, ressalta.
Por Giovane Mangueira
Foto: Antônio Carlos