O município de Nossa Senhora do Socorro está completando nesta terça-feira, 7, 145 anos de emancipação política. Para celebrar a data, a prefeitura vai realizar uma programação cultural na sede do município com apresentação de grupos folclóricos e a celebração de uma missa na Igreja Matriz, às 19h30.
Após a missa haverá a distribuição de um bolo de dois metros de cumprimento, que estará disposto na praça Getúlio Vargas. Na seqüência, os grupos de Samba de Coco de Socorro e o Busca-pé da Taiçoca de Fora, que já tem 100 anos de tradição, se apresentarão nas proximidades da igreja. Também haverá apresentação de quadrilhas juninas.
Preocupada com a valorização das raízes do município, a secretária de Cultura de Socorro, Renata Braz, informou que a intenção da prefeitura é prestigiar a cultura local. “O prefeito Fábio Henrique solicitou que nós disponibilizássemos grupos folclóricos do município para se apresentar na festa de emancipação política. É uma forma de valorizar a prata local e estimular a cultura”, afirmou.
Histórico – A ocupação do território de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro do Tomar do Cotinguiba ocorreu no século XVI, quando se iniciou a colonização das terras de Sergipe Del Rei. Mesmo antes da chegada de Cristóvão de Barros, em 1590, já se tem noticias da ocupação de áreas próximas às margens dos rios Cotinguiba e Sergipe. No município, índios, jesuítas, portugueses, franceses e espanhóis já tinham núcleo para a exploração madeiras e outras riquezas da terra.
Em 1594, Thomé Fernandes recebe carta de sesmaria com três mil barcos de terra ao longo do rio Cotinguiba até onde acabam os mangues verdadeiros. As terras foram ocupadas com plantações e criação de gado. Durante o domínio holandês, toda a área foi controlada, pois já era expressiva a produção de cana-de-açúcar e de gado.
Assim, a região do cotinguiba consegue expressivo desenvolvimento e no século XVIII, já era mais promissora de todo o território sergipano, destacando-se a freguesia de Nossa Senhora do Socorro que tinha povoações importantes como: Aracaju, Laranjeiras, Pedra Branca, Ibura, Campo Grande, além de Socorro.
No século XIX, Nossa Senhora passa a categoria de vila, desligando-se de Laranjeiras, em 1835. Posteriormente teve a sua área reduzida, com a criação de Aracaju em 1855, do qual passou a fazer parte, tendo se desligado definitivamente, em 1868. As atividades agrícolas e a extração do sal foram responsáveis durante longo tempo pela economia local.
O crescimento de Aracaju ofuscou as atividades econômicas e o município atravessou uma fase de decadência. Hoje, a situação muda: Nossa Senhora do Socorro sofre as pressões do crescimento urbano. Durante pouco tempo Nossa Senhora do Socorro passa a freguesia de Laranjeiras em pouco tempo passa também a fazer parte de Santo Amaro das Brotas, passando a ser independente em 1864.